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Esta é uma reflexão sobre o trabalho do regente coral nesses tempos de isolamento social. Não é uma receita pronta e não traz a chave para uma saída da crise em que nos encontramos. É simplesmente uma tentativa de pensar nos rumos dessa profissão, que tanto amamos e que está sofrendo efeitos negativos graves desde os primeiros dias dessa pandemia. Escrever sobre isso hoje envolve, claro, uma certa especulação, pois estamos no meio de algo inédito, ou ao menos que não acontece há alguma gerações. Mas a pandemia afeta a todos e, por isso, esse exercício é fundamental. Não pretendo dar conselhos ou indicar tendências aqui. Minha ideia é provocar a reflexão sobre nossa atividade profissional. Se por um lado, há uma questão de sobrevivência batendo à nossa porta, pois, em maioria, estamos acostumados ao regime de trabalho sem vínculo empregatício, o que nos deixa "a descoberto" na atual situação, por outro, até paixão que temos pelo cantar junto está em cheque.
Estamos entrando na nona semana de quarentena. Já há um infinidade de publicações sobre o momento em que vivemos. Vão desde a mais rigorosa pesquisa científica até aquelas meramente opinativas, passando pela utilização política de fatos tão trágicos. Debates, transmissões ao vivo e palestras começam a mostrar o início de uma consciência de um novo modelo de relações humanas provocado pela atual pandemia que se instalou. Os ambientes virtuais, redes sociais e aplicativos de conferências tornaram-se os principais veículos de informação, devido à sua maior flexibilidade e capilaridade. São comentários sobre o presente, coisas que estão acontecendo nesse exato momento, sobre as quais há descobertas diárias. (...)

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E agora coral?

Eduardo Lakschevitz

(10/maio/2020)

foto: Rui Britto

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